OI GENTE! SEGUE ABAIXO UMA REPORTAGEM DA FOLHA DE SÃO PAULO ACERCA DO PROJETO "CURA GAY". O DEBATE CONTINUA E ACHO INTERESSANTE DEBATERMOS POR AQII TB, NAO ACHAM? GOSTARIA DE OUVIR A OPINIÃO DE VCS, SOBRETUDO DOS PSICÓLOGOS.

ABRAÇOS,

RAFAEL

 

11/06/2013

FLÁVIA FOREQUE
DE BRASÍLIA

 

Pela quinta vez consecutiva num prazo de dois meses, a comissão de Direitos Humanos da Câmara adiou a votação de projeto que permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade.

A proposta, conhecida como "cura gay", era a única na pauta do grupo nesta terça-feira (11), mas a conclusão do debate foi adiada com o início da votação no plenário da Casa.

O projeto de decreto legislativo, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), suspende dois trechos de resolução instituída em 1999 pelo Conselho Federal de Psicologia. O primeiro trecho afirma que "os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades".

A proposta anula ainda artigo da resolução que determina que "os psicólogos não se pronunciarão, nem participarão de pronunciamentos públicos, nos meios de comunicação de massa, de modo a reforçar os preconceitos sociais existentes em relação aos homossexuais como portadores de qualquer desordem psíquica".

Na justificativa do documento, Campos afirma que o conselho "extrapolou seu poder regulamentar" ao "restringir o trabalho dos profissionais e o direito da pessoa de receber orientação profissional".

BATE-BOCA

Durante a sessão, houve discussão entre o presidente da comissão, o pastor Marco Feliciano (PSC-SP), e o deputado Simplício Araújo (PPS-MA), autor de requerimento apresentado hoje pedindo a retirada do projeto da pauta.

O requerimento foi rejeitado pela maioria dos presentes e Araújo voltou a pedir a palavra. Feliciano, no entanto, desligou o microfone do congressista após alguns minutos. "O senhor está tolhendo a minha palavra. (...) Eu quero registrar que isso aqui é uma ditadura", reclamou Araújo.

Feliciano argumentou que o deputado teria tempo para argumentar sobre o projeto num próximo momento, durante a votação da proposta. "Assim que chegar o seu momento vou deixá-lo", disse o presidente da comissão.

 

Mais tarde, Araújo teve direito a 15 minutos de fala. O deputado argumentou ser necessário maior número de audiências públicas sobre o assunto e de debate na comissão.

"Eu acho que o projeto é serio, foi pejorativamente apelidado de "cura gay", e acho que precisamos de um carinho especial sobre o que estamos fazendo aqui. Vamos dar vazão a uma matéria que não vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça, com toda certeza", disse Araújo.

Feliciano rebateu a afirmação do colega. "Ele tem bola de cristal para saber o futuro? As outras comissões têm pessoas contrárias e pessoas favoráveis", disse. O pastor afirmou que, se for permitido pelo regimento interno da Casa, pode convocar sessão extraordinária amanhã para concluir a votação.

Comentários

Por Edmilson Pinto Albuquerque
em 12 de Junho de 2013 às 19:51.

Colega parabenizo pela iniciativa de postar essa temática no site

Ela sempre será extrapolada e atual, pois o mundo vive em mudanças radicais, necessitamos compartilhar cada vez mais o trato social com todas as áreas do conhecimento.

Historicamente o corpo foi desprezado em todos os contexto sociais, agora precisamos de conviver com as ambiguidade e os paradoxos dos comporatamentos humanos

A iniciativa foi muito boa

Parabens  

Por Laercio Elias Pereira
em 21 de Junho de 2013 às 15:37.

O projeto passou. O Bananão está mesmo afundando?

Conselho de Psicologia sobre cura gay: “momento triste na história do Brasil”
Postado em: 19 jun 2013 às 10:52
Conselho Federal de Psicologia diz que aprovação de ‘cura gay’ é ‘triste para história brasileira’

O CFP (Conselho Federal de Psicologia) divulgou nota nesta terça-feira (18) em que “manifesta indignação” e critica a aprovação de projeto que permite aos psicólogos promover tratamento com o objetivo de curar a homossexualidade.
feliciano cura gay psicologia

“O que aconteceu na tarde desta terça-feira configura um episódio triste para a história brasileira, que enfraquece a luta pelos Direitos Humanos no Brasil e, consequentemente, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias”, afirma trecho da nota.

O texto, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), foi aprovado hoje na comissão de Direitos Humanos da Casa, presidida pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP).

A entidade de classe diz que o debate do projeto foi marcado por uma “discussão truculenta e arbitrária”, com baixa participação de congressistas. O conselho critica ainda a atitude “controversa” do grupo: “Ao invés de proteger as minorias, as perseguem.”

O projeto de decreto legislativo, de autoria do deputado João Campos (PSDB-GO), suspende dois trechos de resolução instituída em 1999 pelo conselho. O primeiro trecho sustado afirma que “os psicólogos não colaborarão com eventos e serviços que proponham tratamento e cura das homossexualidades”.

Por Edison Yamazaki
em 1 de Julho de 2013 às 21:26.

Precisamos encontrar com urgência algum trabalho para os políticos brasileiros, senão, eles ficam discutindo essas idiotices. A mim, parece que esses deputados estão piores do que os cartolas do futebol, com todo o amadorismo e incompetência que lhe são peculiares.

E o povão, o que dizem?

Por Rafael Moreno Castellani
em 30 de Junho de 2013 às 17:38.

Pois é colegas...

Para nossa vergonha e tristeza, o projeto passou!

E agora? Que caminhos de mobilização possíveis podemos traçar para reverter esse quadro? 

Algum sabe nos informar se os conselhos de psicologia se movimentam para retomar essa discussão e freiar (se é que isso é possível) esse projeto?

Abraços!

 

Por Roberto Affonso Pimentel
em 2 de Julho de 2013 às 09:17.

Rafael, ... e o sexo dos anjos!

Se a temática leva a decidir o que fazer com pessoas que têm preferência sexual distinta de muitos, não seria razoável solicitar a opinião delas? É bem possível que alguém - professor ou não - tenha esta opção sexual e possa participar dessa discussão com maior embasamento de causa.

- Por que nós outros estaríamos a decidir sobre o que seria melhor para eles? Estaríamos nos igualando aos nobres deputados?

-´Você mesmo teria alguma opinião formada? Como se comportaria diante de uma caso familiar ou mesmo na sua sala de aula?

- Ou a proposta é vazia, tal como discutirmos o sexo dos anjos?

Além do mais, a isenção preconceituosa é deveras difícil de ser entendida e, mais ainda, de ser praticada. Dessa forma, reforço o conselho do Edison, apenas retirando do texto a acidez da adjetivação "idiotices", posto que caberia aos deputados, a ele (autor), e a todos nós inteirarmo-nos do assunto emprofundidade.

     

Por Rafael Moreno Castellani
em 21 de Agosto de 2013 às 11:04.

Olá Roberto!

Sem dúvida é importante a opnião (e não só a opinião) dos homosexuais, mas gostaria de deixar claro que não concordo com a expressão "preferência" e "opção", afinal creio que se trata de uma orientação sexual.

Jamais tive a pretensão em decidir sobre o que é melhor, ou não, para eles. Minha intenção ao levantar esse tema foi, sobretudo, colocar em debate em uma comunidade acadêmica - que conta com professores, pesquisadores, psicólogos - um tema de relevância e em discussão na sociedade, trazendo nossas contribuições.

Em relação à sua pergunta como me comportaria diante de um "caso" desse em minha familia ou sala de aula, a resposta é simples: COM RESPEITO! Tenho colegas, familiares e alunos homexuais e tudo o que eles precisam é de respeito! 

Um abraço,

Rafael


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