Bom dia!! Repasso o debate levantado pelo Laercio na comunidade de Futebol!

Boa leitura!

Abs,

Rafael

Pessoal,

Com algum retardo vai aqui a referência do estudo sobre batedores de pênalti. Tese de doutorado no ICB. USP. Laercio

Estresse prejudica desempenho na cobrança de pênalti Por Felipe Maeda Camargo - felipe.maeda.camargo@usp.br
Publicado em 18/junho/2010 | Editoria : Esporte e Lazer

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O estresse interfere diretamente no desempenho dos jogadores de futebol. De acordo com uma pesquisa realizada no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, em situações como cobrança de pênalti o estresse afeta consideravelmente a resposta motora.

Estresse interfere na resposta motora do jogador ao cobrar um pênalti

Em sua tese de doutorado defendido no ICB, o pesquisador Nelson Toshiyiki Miyamoto pediu para voluntários executarem uma tarefa que simulava em computador alguns aspectos das cobranças de pênalti do futebol. Os testes foram separados em duas situações: voluntários sozinhos e sob pressão de torcida. Nesta última condição, os voluntários não ultrapassaram 80% de aproveitamento, mesmo o goleiro dando pistas de que iria pular para um dos lados e o cobrador tendo tempo para escolher o lado para o qual chutar.

O pesquisador comenta que nessa situação o jogador passa por muito estresse, atrapalhando não somente a sua concentração, como também a reposta do corpo para o momento decisivo. “Na situação com estresse, o jogador acaba pensando nas consequências de um erro. Inconscientemente, faz uma programação motora inadequada. Na hora de executar, acaba chutando de uma forma errada.”

Outra reação que pode ocorrer nas cobranças de pênalti é a tentativa de mudar o lado do chute quando próximo do contato com a bola. Porém, isto só é possível antes de atingir o chamado ponto de não retorno, conforme explica Miyamoto:”O ponto de não retorno é o momento a partir do qual o cobrador do pênalti não consegue mais modificar a programação motora. O cérebro disparou a programação que vai executar e o jogador não consegue mais mudar a direção do chute”.

O pesquisador destaca também que o resultado final dos testes coincidiu com a média de erros em cobrança de pênalti de campeonatos oficiais ao redor do mundo, que está entre 25 e 30%.

Testes
Os testes em computador visaram simular principalmente os efeitos do estresse no controle motor. Para isso, 21 voluntários passaram por uma bateria de testes com o simulador. Nele, a pessoa via um gol, um ponto representando o goleiro, no centro um ponto que representava a bola e abaixo um terceiro ponto que se deslocava em direção a bola e representava o cobrador do pênalti.

Os participantes deveriam inclinar uma alavanca para direita ou para esquerda no exato momento da sobreposição do jogador e a bola. Nesse meio tempo, o goleiro controlado pelo computador poderia se mover para esquerda, para direita ou ainda ficar parado antes do chute acontecer. Assim, o objetivo era que o voluntário movimentasse a alavanca para o lado oposto ao goleiro.

A movimentação do goleiro acontecia em nove momentos aleatoriamente escolhido pelo computador. Estes tempos variavam de 51 a 459 milissegundos (ms).

Em uma etapa, os participantes passavam por estes testes em laboratório, sem influência externa. Em uma segunda etapa, eles faziam os mesmos testes, mas com a pressão de mais de 70 alunos dos cursos de Educação Física e Esporte da USP que simulavam uma torcida durante um jogo de futebol.

No laboratório, os voluntários chegavam a quase 100% de aproveitamento nos momentos mais próximos de 459 ms, contra no máximo 80% sobre a pressão da torcida.

Treino
O pesquisador acredita que o estresse poderia ter menos influencia no jogador se ele treinasse mais cobranças de pênalti. Segundo ele, com treinamento adequado os jogadores conseguiriam reagir melhor ao estresse e conseguiriam resultados melhores.

“O que seria o ideal? Seria o jogador treinar para não pensar na hora de executar a cobrança, fazendo-a automaticamente. Ele não deveria mudar aquilo que está treinando ou do que ele programou para fazer. Porque, se ele tentar mudar em cima da hora, provavelmente as chance dele errar é maior”, comenta.

Miyamoto acredita que o resultado final de mais treinamento de cobranças de pênalti seria um melhor aproveitamento. Porém, ele não observa essa preocupação no futebol: “Infelizmente, ainda há muitos técnicos e atletas que acham que pênalti é loteria. Então qual que é a teoria? Se é sorte não adianta treinar”.

Vídeos concedidos por Nelson Miyamoto

Mais informações: (11)9173-2996 ,email ntmiyamoto@ig.com.br

Comentários

Por Laercio Elias Pereira
em 26 de Julho de 2011 às 09:42.

Rafael, Cevnautas,

  Eu gostaria de esticar esse assunto aqui. Consta que o Professor Mano não gosta de psicólogo na equipa(ixi!). Para o jornal patrício o homi tergiversou (ixi!2). A desculpa de não ter um profissional de psicologia na comissão técnica ficou pior que o soneto. O trabalho do(a) psicologo(a) era o que time mais precisava pra formar confiança, némesmo? Laércio

Mano não quer psicólogo no «Escrete» Seleccionador canarinho não quer causar desconfiança no grupo

Por Redacção com PA2011-05-20 17:22h

Mano Menezes, seleccionador brasileiro, não vai levar um psicólogo para acompanhar a equipa durante a Copa América, apesar do presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, pensar ser essencial acompanhar os jogadores para que não haja o descontrolo emocional vivido no Mundial da África do Sul. «Acho que agora não vale a pena. Vou esperar que o grupo esteja mais coeso para então entrar com um psicólogo», disse o técnico.

O técnico acredita que o Brasil está numa fase de reconstrução e, como tal, a entrada de um psicólogo poderia causar desconfiança no seio do grupo, o que comprometeria o seu trabalho. «O jogador não pode achar que vai deixar a equipa por causa do psicólogo. A relação tem de ser de muita confiança. Por isso, vamos aguardar um pouco mais», explicou.

Para a Taça das Confederações, Mano já vai incluir um profissional para tratar exclusivamente da preparação emocional dos jogadores. O torneio será disputado no Brasil, um ano antes do Mundial-2014.

Fonte: http://bit.ly/o4Ky9m

Por Rafael Moreno Castellani
em 5 de Agosto de 2011 às 08:52.

Pois é Laercio... mais uma vez a psicologia esportiva é lembrada somente quando problemas aparecem! Bastaram 4 penalidades perdidas para a figura do psicologo vir a tona!

Acontece que a psicologia esportiva ainda é mal vista, e principalmente, mal compreendida pelos personagens do futebol. Trabalhar no processo de coesão do grupo, por exemplo, é uma das importantes funções do psicológo esportivo, mas parece que o Mano não sabe disso, ou finge nao saber.

Se pretendemos fazer um trabalho de renovação na seleção é muito importante que o psicologo esportivo faça parte desse processo desde o início!

Contiuemos conversando...

Abs 


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