Cevnautas da Saúde, vamos acompanhar e divulgar a pesquisa da Dra. Joan Emmanuelle Amato? Laercio
Traço Falcêmico
Você conhece o traço falcêmico?
Muitas pessoas já ouviram falar da anemia falciforme, uma doenca hereditária, com complicações como dores ósseas e musculares fortes, alterações dos rins e do baço, dentre outros sintomas. Para um pessoa ter anemia falciforme, ela precisa herdar o gen da doença tanto do pai quanto da mãe. Quem tem anemia falciforme pode ter irmãos que não desenvolveram a doença, porque herdaram só do pai ou só da mãe. Eles têm uma “cicatriz” genética: o traço falcêmico. Ao contrário da anemia falciforme, o traço não é uma doenca. Geralmente, quem tem o traço não tem sintomas, não tem alterações do sangue, não tem dores nos ossos ou nos músculos.
Porém, quando esta pessoa fica muito desidratada ou viaja para lugares muito altos (como a Cordilheira dos Andes), ela pode ter um quadro de dor, semelhante ao da anemia falciforme.
O teste de pezinho examina se um bebê tem a anemia ou o traço falciforme. Infelizmente, não são todas as pessoas que tem acesso ao teste, apesar dele ser feito pela rede pública de saúde, e podem passar uma vida inteira sem saber que o tem. A princípio, não existe perigo. Porém, alguns estudos no Estados Unidos, com jogadores de futebol americano e com militares, que são submetidos a exercício físico de forma exaustiva, mostraram que quem tem o traço falcêmico pode estar predisposto a ter alterações no sangue, podendo levar a um quadro grave de rabdomiólise (lesão grave das células do músculo). Estas pessoas precisam ter mais atenção à hidratação, necessitam de descanso entre as sessões de treinamento e devem ser acompanhadas por um médico do esporte.
Existem alguns jogadores de futebol e militares no Brasil que são carreadores do traço falcêmico e nunca tiveram alterações durante os exercícios e competições. Mas quantas crianças e adolescentes estão por aí, desconhecendo serem ou não carreadores do traço e sendo submetidos a situações que podem levar à desidratação grave e a um quadro mais sério? Para investigar os efeitos do exercício e da temperatura do ambiente sobre os carreadores do traço, está sendo feita uma pesquisa na Escola de Educação Física da UFRGS. Esta pesquisa precisa de voluntários do sexo masculino, com idades entre 12 e 18 anos, que tenham diagnóstico do traço falcêmico ou tenham irmãos ou pais com traço ou anemia falciforme. Também serão aceitos voluntários sem o traço, para que haja uma comparação.
Esta é a primeira pesquisa sobre este assunto realizada no Brasil e a primeira a ser realizada no mundo com adolescentes.
Para maiores informações, os telefones de contato são: 8464-0924 Oi, 8181-8072 Tim, 8910-2636 Claro, 9950-2636 Vivo. Ou pelo email nutroesporte@gmail.com
Dra. Joan Emmanuelle Amato (CRM 36455)
Nutrologia e Medicina do Esporte Instituto de Medicina e Ciências do Esporte – Sistema de Saúde Mãe de Deus Mestranda na Pós-Graduação de Ciência do Movimento Humano – ESEF – UFRGS
FONTE: http://www.nutroesporte.com.br/traco-falcemico/
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