A Educação Física e Concepções Higienistas Sobre Raça: Uma Reinterpretação Histórica da Educação Física Brasileira dos Anos de 1930
Por Edivaldo Gois Junior (Autor), Hugo Rodolfo Lovisolo (Autor).
Em Revista Portuguesa de Ciências do Desporto v. 5, n 3, 2005. Da página 322 a 328
Resumo
Este estudo pretende averiguar se as correntes teóricas do “movimento higienista”, determinadas pelas ciências biológicas, influenciavam as discussões sobre Educação Física no Brasil dos anos de 1930. A partir da hipótese de reprodução das concepções higienistas por parte da área de Educação Física, foi necessário investigar os periódicos especializados da época, como a Revista Educação Physica (1932-1945) e a Revista de Educação Física do Exército (1932-2000), que compõem o conjunto de fontes primárias. Analisou-se os conteúdos das fontes primárias e, finalmente, verificou-se a sustentação da hipótese. Em conclusão, houve uma reprodução das concepções higienistas, como a corrente lamarkista e galtoniana, no campo da educação física brasileira nos anos de 1930.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Rabinbach A. (1992). The Human Motor. Los Angeles: University of California Press.
2. Rosen G. (1980) Da polícia médica à medicina social. Rio de Janeiro: Graal.
3. Rosen G. (1994). Uma história da saúde pública. São Paulo: Editora UNESP.
4. Góis Junior E. (2000) Os higienistas e a Educação Física: a história dos seus ideais. Rio de Janeiro: Universidade Gama Filho.
5. Soares CL. (1990). O pensamento médico higienista e a Educação Física no Brasil: (1850-1930). São Paulo, Pontifícia Universidade Católica.
6. Soares CL. (2001). Educação Física, Raízes Européias e Brasil. Campinas: Autores Associados, 2 ed.
7. Góis Junior E, Lovisolo HR. (2003). Descontinuidades e continuidades do Movimento Higienista no Brasil do século XX. Revista Brasileira de Ciências do Esporte 25 (1): 41-54.
8. Góis Junior E. (2003). O Século da Higiene: uma história de intelectuais da saúde. (Brasil, século XX). Rio de Janeiro: Universidade Gama Filho.
9. Lovisolo HR. (2000). História Oficial e História Crítica: pela autonomia do campo. Revista Motus Corporis 7 (2): 127-146.
10. Revista Educação Physica (1932-1945). Rio de Janeiro, Companhia Editora Nacional.
11. Revista de Educação Física do Exército (1932-2000). Rio de Janeiro, Escola de Educação Física do Exército.
12. Fausto B. (2002). História concisa do Brasil. São Paulo: Editora da USP.
13. Leite DM. (1976). Caráter Nacional Brasileiro. São Paulo: Pioneira, 3ed.
14. Micelli S. (2001). Intelectuais à brasileira. São Paulo: Companhia das Letras.
15. Nagle J. (1974). Educação e Sociedade na Primeira República. São Paulo: Editora Paulista Universitária.
16. Skidmore T. (1989). O Preto no Branco: Raça e Nacionalidade no pensamento brasileiro. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra.
17. Skidmore T. (1994). O Brasil visto de fora. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra.
18. Skidmore T. (1998). Uma História do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Paz e Terra, 2ed.
19. Schwarcz L. (1993). O espetáculo das raças. São Paulo: Companhia das Letras.
20. Marques V. (1997). Medicalização da raça. Campinas, Editora da Unicamp.
21. Peixoto A. (1938). Clima e Saúde. São Paulo: Companhia Editora Nacional.
22. Vianna O. (1959). Raça e Assimilação. Rio de Janeiro: José Olympio, 4 ed.
23. Couto M. (1932). Medicina e Cultura. Rio de Janeiro: Oscar Mano Cia, vol. 1.
24. Couto M. (1933). No Brasil só há um problema nacional: a educação do povo. Rio de Janeiro: Tipografia do Jornal do Comércio.
25. Penna B. (1923). Saneamento do Brasil. Rio de Janeiro: Editora Ribeiro dos Santos, 2 ed..
26. Hochman G. (1998). A era do saneamento: as bases da política de Saúde Pública no Brasil. São Paulo: Hucitec.
27. Hochman G, Lima N. (1998). Condenado pela raça, absolvido pela medicina: o Brasil descoberto pelo Movimento Sanitarista da Primeira república. In: Mato MC, Santos RV. Raça, ciência e sociedade. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Oswaldo Cruz, 23-40.
28. Azevedo F. (1933) O problema da regeneração. Rev. Educação Physica 5: 46.
29. Azevedo F. (1933). Op. cit, 14.
30. Pagni PA. (1994). Fernando de Azevedo: Educador do Corpo. São Paulo: Pontifícia Universidade Católica.
31. Pagni PA. (1994a). As representações sobre o moderno no projeto de educação do corpo desenvolvido por Fernando de Azevedo. In: Coletânea do II Encontro Nacional de História do Esporte, Lazer e Ed. Física. Ponta Grossa: Universidade Estadual de Ponta Grossa.
32. Azevedo F. (1934). Novos caminhos e novos fins. São Paulo: Melhoramentos.
33. Areno W. (1949). Higiene aplicada à Educação Física. Rio de Janeiro, s. c .p..
34. Areno W. (1941). Higiene e Saúde. Revista Educação Física 53: 32-33.
35. Busch R. (1943). Como evitar a prole doentia. Rev. Educação Física 71: 58.
36. A Eugenia e a Constituinte. (1933) Revista de Educação Física 2 (4): s.p