A Emulação de Valores em Cerimônias Esportivas Escolares
Por Ana Gabriela Alves Medeiros (Autor), Thaíse Ramos Varnier (Autor), Fernanda Gonçalves Rios (Autor), Etyelle Laurindo Ribeiro (Autor), Guilherme Ferreira Santos (Autor), Otávio Guimarães Tavares da Silva (Autor).
Em XVII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e IV Conice - CONBRACE
Resumo
A teoria sociológica aponta que todas as sociedades constroem formas de celebração de seus valores e identidade. Segundo autores como DaCosta (2000) e MacAloon (1984), os Jogos Olímpicos – um dos eventos de maior dimensão mundial – pautam-se em valores da modernidade ocidental e, desta forma, celebram tais valores através das cerimônias. Ao nos aproximarmos do âmbito escolar, identificamos um elevado número de “jogos” e/ou “olimpíadas”. Torna-se perceptível que, direta ou indiretamente, estes jogos baseiam-se no modelo olímpico, pois há presença de fogo simbólico, bandeiras, juramentos, dentre outros elementos que constituem os rituais olímpicas. Deste modo, tivemos por objetivo analisar os sentidos, significados e valores envolvidos na realização de jogos escolares, com ênfase em suas cerimônias de abertura. Além disso, buscamos compreender as razões que orientam os professores a organizarem estas competições. Para tanto, foram realizadas observações em duas cerimônias de abertura e entrevistas com os professores organizadores das competições. As cerimônias esportivas escolares foram analisadas como um ritual secular que emula os valores olímpicos, entretanto, de forma singular. Considerando o relativismo axiológico em que vivemos estas apropriações singulares, baseadas na realidade local, coexistem com a emulação de um modelo que se propõe universal.