Resumo

Neste estudo foi avaliado o efeito da restrição de estabilidade imposta por uma tarefa voluntária sobre a adaptação de respostas posturais reativas a perturbações externas em jovens, idosos sadios e idosos com doença de Parkinson (DP). No Experimento 1 participantes com DP e idosos sadios foram perturbados por meio de translação posterior da superfície de apoio, enquanto executavam duas versões de uma tarefa voluntária: segurando uma bandeja com um cilindro apoiado em sua base (BR) ou em seu lado circular (AR). A avaliação foi feita por meio de blocos alternados de baixa e alta restrição. Os resultados indicaram que ambos os grupos mostram menor velocidade da bandeja no contexto de AR em comparação ao de BR. A latência de resposta postural foi maior no contexto de AR apenas para indivíduos sadios. Indivíduos sadios apresentaram diferentes padrões de coordenação ombro-quadril em função da restrição da tarefa, enquanto idosos com DP apresentaram um padrão relativamente invariável. Estes resultados sugerem que a doença de Parkinson prejudica a capacidade de adaptar as respostas posturais às exigências impostas por uma tarefa voluntária. O Experimento 2 teve como objetivo comparar as respostas posturais reativas entre jovens e idosos sadios. O mesmo paradigma do Experimento 1, com exceção do tipo de perturbação, foi utilizado no Experimento 2. Ambos os grupos diminuíram a velocidade da bandeja no contexto de AR em comparação ao contexto de BR. Os resultados mais expressivos mostraram que, enquanto os jovens adaptaram a latência muscular, magnitude muscular, nível de coativação muscular e coordenação interarticular de acordo com a sequência, os idosos foram mais sensíveis ao contexto atual de restrição da tarefa voluntária. Estes resultados sugerem que o envelhecimento leva à mudança de uma adaptação mais generalizada para uma mais específica das respostas posturais reativas

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