Arte rupestre a cultura corporal do movimento antes do Brasil
Por Vitor José Rampaneli de Almeida (Autor), Gabriel Oliveira (Autor), Michel Justamand (Autor), Artemis de Araújo Soares (Autor), Leandro Paiva (Autor), Marcial Cotes (Autor).
Resumo
A investigação discute as relações entre duas artes rupestres – flic flac e a pirâmide humana –, admitidas na contemporaneidade como ginástica e acrobacia, localizadas no Parque Nacional Serra da Capivara – PNSC, no Estado do Piauí, Brasil, e a cultura corporal do movimento. Utilizou-se de um aparato teórico interdisciplinar fundamentado na Educação Física e suas relações com a Arqueologia e Antropologia na análise. Trata-se de inferências, pois nada garante que as mãos que retrataram as cenas tinham a intencionalidade dos autores da pesquisa. Uma das ilações entende que as habilidades motoras auxiliavam as demandas do cotidiano de adversidades para sobrevivência do grupo. Por outro prisma, a partir do conceito de Ilinx, o flic flac atende a busca de um transe/vertigem vital a liturgia ritualística, e, a pirâmide humana serve a imperiosa tarefa de consolidar os laços cooperativos e de confiança entre os seus membros em um ambiente hostil.