Resumo

A literatura sobre função cognitiva humana tem demonstrado que a atividade física (AF) e aptidão aeróbia afetam o cérebro e a cognição durante a vida. Estudos sugerem uma influência positiva da AF e do condicionamento físico na estrutura e na função do cérebro humano. Pesquisas com idosos mostram que a AF promove ampliação da estrutura cerebral, melhora do desempenho cognitivo e da memória. Pesquisas com adultos mostram que aqueles alta aptidão física desempenham melhor tarefas relacionadas a diferentes funções cognitivas. Em crianças, a prática de AF apresenta evidências fortes em relação aos indicadores de função cognitiva, como desempenho acadêmico e QI e evidências menos consistentes a respeito dos mecanismos pelos quais ocorrem as mudanças na cognição como a função executiva, memória, raciocínio e atenção. Além disso, existem razões biológicas importantes para hipotetizar benefícios cognitivos advindos do exercício durante a infância, pois nesse período as estruturas do sistema nervoso central estão se desenvolvendo e o indivíduo se torna vulnerável a estresses devido à enorme plasticidade e flexibilidade do cérebro. Há, também, evidências relacionadas à inatividade física e baixos níveis de aptidão aeróbia indicando prejuízo às funções executivas. Assim, o objetivo do presente projeto é verificar, através de um estudo longitudinal, a associação entre diferentes intensidades de atividade física e a função cognitiva em crianças de 6 a 13 anos de idade visando contribuir com a literatura relacionada a AF e cognição em crianças e pré-adolescentes. 
 

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