Conhecimento dos estudantes de medicina sobre atividades físicas
Por Maria Julia de Souza Barros (Autor), Mauro Virgilio Gomes de Barros (Autor), Simone Storino Honda Barros (Autor), Gabriel Storino Honda Barros (Autor), Flávio de Souza Barros Junior (Autor), Estélio Henrique Martin Dantas (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
INTRODUÇÃO: Atividades físicas (AF) são essenciais para a manutenção da saúde e a prevenção de doenças. Médicos têm um papel importante no aconselhamento de seus pacientes e na identificação de situações em que as AF devem ser evitadas devido à presença de condições clinicamente relevantes. Todavia, nos cursos de formação inicial a abordagem desta temática parece ser amplamente ignorada. OBJETIVO: Avaliar o nível de conhecimento de estudantes de medicina sobre a atividade física e suas contraindicações, bem como sua familiaridade com materiais técnicos e protocolos oficiais sobre o tema, observando a evolução desses conhecimentos ao longo do curso. MÉTODOS: Foi realizado um estudo exploratório (transversal), com estudantes de medicina de universidades sergipanas. Os dados foram coletados mediante utilização de questionário administrado via formulário eletrônico. O link do formulário foi enviado para grupos de estudantes por meio de redes sociais, sem exigir dos mesmos identificação pessoal. Na análise dos dados foram utilizados procedimentos descritivos e testes de Qui-quadrado. RESULTADOS: Participaram do estudo 92 respondentes com idade de 25,8 anos (DP=6,5), sendo que 52% eram homens e 51% estudantes do 1º ao 4º período. Somente 20% referiram se sentir preparados para dizer a um paciente que o mesmo está apto para praticar AF. Além disso, 80% não conhecem contraindicações absolutas para essa prática e 99% não conhecem o conteúdo do Guia de Atividade Física para População Brasileira. Observou-se também que 96% não conhecem o manual Promoção da Atividade Física na Infância e na Adolescência, da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP). Não houve associação entre período do curso e percepção de competência conceitual em relação às AF (?2=3,9; p=0,14). CONCLUSÃO: Apesar da importância das AF como recurso terapêutico não farmacológico, a maioria dos estudantes de medicina não se sente preparada para orientar pacientes, desconhece contraindicações absolutas e não tem conhecimento sobre guias orientadores.