Da ginástica moderna à ginástica ritmica: o corpo feminino em foco
Por Regina Simões (Autor), Céres Macias (Autor).
Parte de (Des)encontro de gêneros na ginástica: corpo, educação, formação profissional e esporte . páginas 60 - 83
Resumo
O corpo feminino ao longo dos tempos foi associado a diferentes significados podendo ser sinônimo de pecado, de maternidade, de privação e principalmente de fragilidade. Luperini (2007) afirma que na existência humana as relações entre homens e mulheres foram constituídas de forma desigual, pois houve uma tendência em considerar as pessoas do sexo feminino como fracas e oprimidas e do sexo masculino poderosas, restringindo o acesso da mulher a diversos espaços e experiências. Para os homens estava destinado o espaço público, fora da casa, ligado ao trabalho, aos negócios e ao controle da moral e dos bons costumes, enquanto para as mulheres o privado associado às tarefas domésticas, às funções na igreja e ao cuidado dos filhos. Investigando a construção histórico-cultural do corpo feminino no Ocidente vemos que muitas são as transformações por ele sofridas, tendo este capítulo o propósito de tecer considerações sobre como o corpo feminino foi sendo abordado ao longo dos tempos e como a ginástica rítmica foi inserida neste contexto.