Resumo

O objetivo deste ensaio é contribuir para o debate epistemológico que se trava na Educação Física brasileira em torno do seu estatuto científico e/ou pedagógico. Para tal, revisa autores brasileiros que tratam do assunto, adotando como parâmetro alguns temas da filosofia da ciência abordados por A. CHALMERS, G. FOUREZ e J. ALVES-MAZZOTTI. A conclusão inicial é que a Educação Física não é uma disciplina científica, mas uma área de conhecimento e intervenção pedagógica que expressa projetos social e historicamente condicionados, os quais, por sua vez levam à construção dos objetos da pesquisa científica, a qual se exercita e transforma constantemente no seio da comunidade acadêmica. No contexto da prática científica, a meta da ciência - produzir conhecimentos no encontro com o mundo físico e social - exige controle epistemológico interno, tarefa específica da comunidade científica. Na qualidade de prática pedagógica, o projeto da Educação Física, que o autor define como “apropriação crítica da cultura corporal de movimento”, exige metodologias de pesquisa adequadas, que respeitem a dimensão ético-normativa inerente à prática pedagógica. UNITERMOS: Educação Física; Ciência; Epistemologia; Prática pedagógica; Cultura corporal de movimento.

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