Resumo

Estamos em um período histórico em que a cada dia há um “tsunami” - de fabricação e venda -  de produtos tecnológicos. Eles chegam ao mercado com a mesma velocidade em que vão embora, ou seja, como se o novo já nascesse com o rótulo de velho. Este contexto envolve também  as  Tecnologias  de  Informação  e  Comunicação  (Tic´s)  e  provoca  mudanças significativas na vida das pessoas, nas relações de trabalho e capital, na educação de modo geral e na Formação das pessoas. As inovações tecnológicas ditam uma nova forma de ser e estar no mundo. A velocidade e o  “instante já”  constituem suas turbinas propulsoras. Tudo tem que ser efêmero; veloz; descartável. Presenciamos também a convergência das Tic´s para um único aparelho móvel que concentra todas as funções de comunicação e midiática. Mas, como a educação está lidando com essas mudanças? Como essas mudanças têm influenciado a vida das pessoas e principalmente dos alunos na escola (pública)? Até que ponto estamos diante de uma sociedade esclarecida? Esta Tese parte da perspectiva de que a  Formação se constitui a base para a autonomia e para o esclarecimento a partir das experiências e ações pedagógicas  nas  aulas  Educação  Física  na  escola.  Para  evidenciar  esta  premissa,  a investigação  (de  cunho  Qualitativo)  caracterizada  aqui como  uma  Pesquisa-Formação, provocou  a  reflexão  dos  alunos  para  o  esclarecimento  a  partir  da  concepção  de  Educaçãomídia.  Estes  alunos  pertencentes  a uma  escola  pública  (CEMB  –  Colégio  Estadual  Murilo Braga),  na  cidade  de  Itabaiana/SE  e  matriculada  na  8ª  Série,  turma  “A”,  do  ensino fundamental, desenvolveram experiências como a produção de vídeo e a construção de jornal impresso. Para isto, foi articulado um Grupo (Matrix)  –  “Multiplicadores”  -  que cumpriu o papel  de  apreender,  construir  e  sociabilizar  o  conhecimento  em  Educação-mídia.  A  crítica pertinente ao uso das  Tic´s  e  a produção da Mídia de modo autônomo  e esclarecido foram tencionados  pelas  diversas  concepções  conceituais,  precisamente  a  Teoria  Crítica  e  a Marxista,  a  partir  de  um  diálogo  permanente  com  os autores.  Entrelaçamos  o  arcabouço teórico-metodológico na imersão no campo, com isto, a pesquisa esboçou  –  a partir da crítica dura -  os  escapes na dinâmica dialética da vida, do uso das Tic´s para emancipação  o que fez todos  nós  (alunos,  professores,  pesquisadores)  subverter  a  lógica  em  que  nos  aprisiona  em função da técnica.

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