Resumo
A nutrição é um dos fatores mais importantes para um bom rendimento no exercício físico. O esforço intenso e o consumo energético do treinamento e da competição desportiva impõem exigências incomuns na dieta do atleta. As substâncias ingeridas, como carboidratos, proteínas, lipídios, vitaminas e minerais, além de apresentarem função bioenergética, protegem o organismo contra os danos teciduais causados pelo treinamento, exercício exaustivo e auxiliam no controle da fadiga (GOMEZ-CABRERA et al., 2000). Há muito tempo se conhece os benefícios do exercício físico regular no tratamento de diferentes patologias como diabetes, cardiopatias e hipertensão arterial, no auxílio da manutenção de ossos, músculos e articulações, bem como promove bem estar psicológico (United States Department of Health and Human Services, 1996). Contudo, sabe-se que os benefícios do exercício desaparecem com o esgotamento e a falta de treinamento. O exercício extenuante causa dano muscular e induz a elevação de enzimas citosólicas no plasma sanguíneo, tais como creatina quinase, aminotransferases e lactato desidrogenase, bem como promove a formação de radicais livres e outras espécies reativas de oxigênio (ERO) que causam dano tecidual (GOMEZ-CABRERA et al., 2000). Radical livre é qualquer átomo ou molécula que apresenta um ou mais elétrons desemparelhados. Os elétrons desemparelhados alteram a reatividade química de um átomo ou molécula, geralmente tornando-a mais reativa que o correspondente (HALLIWELL, 1994). As espécies reativas de oxigênio são uma família de radicais livres e outros não radicais produzidos como resultado das reações com o oxigênio na mitocôndria (FRISARD; RAFUSSIN, 2006). O equilíbrio entre as exigências fisiológicas do exercício e a disponibilidade de fatores nutricionais é essencial para a homeostase dos sistemas corporais responsáveis pela manutenção da saúde e do desempenho físico. Dentre esses sistemas, está o de defesa antioxidante, uma vez que uma única sessão de exercício físico pode aumentar significativamente a produção de radicais livres (VOLEK; KRAEMER; RUBIN, 2002).