Resumo

O objetivo da presente dissertação foi investigar os efeitos de diferentes volumes do treinamento de força dentro do treinamento combinado sobre a força dinâmica máxima dos extensores de joelho, espessura muscular dos extensores de joelho, consumo de oxigênio de pico, percepção de fadiga e qualidade de vida de sobreviventes do câncer de mama. Dezenove mulheres foram aleatorizadas em dois grupos: séries simples (SS; n = 10) ou séries múltiplas (SM; n = 9). As participantes treinaram durante oito semanas, duas vezes por semana, realizando treinamento de força e aeróbio na mesma sessão. A força dinâmica máxima dos extensores de joelho e a fadiga total relacionada ao câncer são desfechos primários. Os testes Generalized Estimating Equations e post-hoc de Bonferroni (α = 0,05) foram utilizados. Ambos os grupos aumentaram de maneira semelhante os valores de força de extensão de joelhos (SS: 29,81 ± 37,54%; SM: 19,33 ± 11,81%) e espessura muscular do quadríceps (SS: 9,40 ± 4,14%; SM: 8,92 ± 5,94%) do pré para o pós-intervenção. Para o consumo de oxigênio de pico não houve alteração, em ambos os grupos, após o período de oito semanas. Apenas o grupo SM reduziu a percepção de fadiga total (-2,05 ± 1,67 pontos). Todavia, o mesmo não ocorreu para o grupo SS. Houve uma melhora na qualidade de vida do pré para o pósintervenção semelhante nos grupos SS e SM (4,32 ± 6,33% e 7,87 ± 8,98%, respectivamente). Neste estudo piloto, um curto período de treinamento combinado, independente do volume de treinamento de força, promoveu benefícios importantes para desfechos neuromusculares e de qualidade de vida de sobreviventes sedentários do câncer de mama.

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