Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA), classificado como um transtorno do neurodesenvolvimento, é caracterizado por um comprometimento contínuo na comunicação e interação social recíproca, além de apresentar padrões de comportamento, interesses e atividades restritos e repetitivos. Deste modo, este trabalho teve como objetivo analisar a inclusão de alunos com Transtorno do Espectro Autista nas aulas de educação física. Para tanto, realizou-se uma revisão sistemática da literatura advinda da busca de artigos, publicados nos últimos 6 anos, nas bases de dados SciELO, BVS e LILACS. Os descritores utilizados foram escolares, educação física, inclusão, transtorno do espectro autista, educação, educação física adaptada, psicomotricidade, deficiências, crianças, diversidade, ensino aprendizagem. Foram incluídos artigos originais publicados em periódicos, na língua portuguesa, de 2019 a 2024 aos quais se encaixavam com o objetivo desta revisão sistemática. Foram encontradas 1179 referências, após utilização dos critérios de inclusão e exclusão, foram excluídos 1171, contendo estudos de literatura, fora da temática do estudo proposto, resultando na inclusão de 8 estudos. A inclusão deve ser vista como uma prática que valoriza a diversidade e defende os direitos humanos, sendo uma exigência legal que as escolas precisam cumprir. Além disso, a intervenção de mediadores e a utilização de técnicas apropriadas são essenciais para facilitar o desenvolvimento motor e psicomotor das crianças com TEA, promovendo um ambiente educacional mais equitativo e eficaz. Conclui-se que é crucial a formação dos professores para a inclusão dos alunos com TEA na educação física escolar, preparando-os adequadamente para enfrentar os desafios específicos da inclusão, garantindo adaptações das aulas e a implementação de atividades psicomotoras para proporcionar o desenvolvimento global dos alunos com TEA.

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