Nível de Atividade Física em Adolescentes Brasileiros Determinado Pelo Questionário Internacional de Atividade Física (ipaq) Versão Curta: Estudo de Revisão Sistemática
Por Fabio Luis Ceschini (Autor), Maria Luiza de Jesus Miranda (Autor), Erinaldo Luiz de Andrade (Autor), Luís Carlos de Oliveira (Autor), Timoteo Leandro Araujo (Autor), Victor Keihan Rodrigues Matsudo (Autor), Aylton José Figueira Júnior (Autor).
Em Revista Brasileira de Ciência & Movimento v. 24, n 4, 2016. Da página 199 a 212
Resumo
Objetivo: foi realizar uma revisão sistemática da literatura do nível de atividade física determinada pelo IPAQ versão curta em adolescentes brasileiros de diferentes regiões do Brasil. Métodos: foi realizada uma revisão sistemática da literatura, respaldada nos estudos originais publicados nas bases de dados eletrônicas SCIELO, MEDLINE, LILACS, PUBMED e WEB OF SCIENCE, enfatizando os artigos completos que utilizaram o IPAQ versão curta como instrumento de medida do nível de atividade física. Os descritores em português e inglês foram: (in)atividade física ou physical (in)activity; sedentarismo (sedentariness); fitness (fitness); exercício (exercise); adolescentes (adolescents); jovens (young); escolares (age school); Brasil (Brazil); brasileiros (Brazilians). A análise de dados abrangeu o período entre 2005 e 2015. Foram encontradas 8.894 publicações com a combinação dos descritores, sendo que 110 artigos foram considerados elegíveis para leitura. Ao final, 15 artigos foram selecionados para esse estudo. Resultados: a prevalência de inatividade física variou de 22,3% (Goiás) a 96,7% (Pernambuco). A maioria dos estudos avaliados foram das regiões sudeste (São Paulo) e sul (Paraná) do Brasil, representando 86,7% do total. Encontramos 7 estudos (46,7%), realizados nas capitais brasileiras (São Paulo= 42,8%; Florianópolis= 28,5%; Curitiba = 14,3%; Fortaleza = 14,3%). Todos os trabalhos utilizaram delineamento metodológico transversal. Conclusão: foram encontrados poucos estudos com o IPAQ (versão curta) em adolescentes brasileiros na determinação do nível de atividade física, sendo que não há distribuição igualitária entre as regiões, levando a lacunas no conhecimento da prevalência de inatividade física em adolescentes brasileiros além de dificultar a comparação em muitas regiões do Brasil.