Participação de Ginastas nos Jogos Olímpicos da Juventude e nos Jogos Olímpicos de Verão: Sobre a Gestão da Carreira e Progressão
Por Mateus Henrique de Oliveira (Autor), Eliana de Toledo (Autor).
Em III Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
Introdução e Objetivos: A primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude trouxe as premissas de participação de jovens atletas em uma competição de alto nível, possibilitando a constituição de uma etapa importante, em princípio, formativa e preparatória para os Jogos Olímpicos. Assim, o objetivo da pesquisa foi identificar quantos atletas dos esportes gímnicos que participaram de diferentes edições dos Jogos Olímpicos, buscando compreender se existe de fato uma progressão entre os campeonatos. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo, documental e de abordagem quantitativa, que se utilizou dos Livros de Resultados de três edições dos Jogos Olímpicos da Juventude (2010, 2014 e 2018) e de três Jogos Olímpicos de Verão (2012, 2016 e 2020). A análise de dados utilizou-se de estatística descritiva, para quantificar quantos e quais atletas participaram das duas edições dos campeonatos. Resultados: Identificamos que participaram das duas edições dos campeonatos um total de 17 atletas de Ginástica Artística Masculina (14,30%) dos 119 totais; 20 atletas de Ginástica Artística Feminina (16,95%) dos 118 totais; 8 atletas de Ginástica Rítmica (6,35%) das 126 totais (nas modalidades individual e conjunto); 5 atletas de Ginástica de Trampolim Masculino (13,9%) dos 36 totais; 6 atletas de Ginástica de Trampolim Feminino (16,7%) das 36 totais. No geral, foram 56 atletas (12,9%) de um total de 435 atletas de todas as modalidades ginásticas que competiram em ambas as competições. Percebeu-se também uma redução no número de atletas que competem em ambas as competições ao longo dos anos, sendo 23 em 2010, 21 em 2014 e apenas 12 em 2018. Conclusões: Notou-se uma descontinuidade tanto no propósito da competição, quanto no desenvolvimento de jovens atletas das Ginásticas, deflagrada por uma progressão assistemática da categoria juvenil para a categoria adulta, reforçando ainda mais a discussão sobre as dificuldades de progressão de carreira de atletas destas modalidades.