Quem foi “mais brasil” nos jogos olímpicos De londres/2012? Enquadramentos do jornalismo Esportivo na tv aberta
Por Mariana Mendonça Lisboa (Autor), Josimar Lottermann (Autor), Ana Elisa Chagas (Autor), Silvan Menezes dos Santos (Autor).
Parte de Pesquisa e formação em Mídia - Educação Física . páginas 217 - 229
Resumo
Em Londres/2012, pela primeira vez em muitos anos, uma edição dos Jo-
gos Olímpicos (JO) não seria televisionada em sinal aberto no Brasil pela Rede
Globo de Televisão, e sim pela Rede Record, detentora de um pacote, que en-
volveu também os Jogos Olímpicos de Inverno (Vancouver, 2010) e os Jogos
Pan-americanos (Guadalajara/2011).
Para pesquisadores da mídia esportiva, tal fato se apresentava como uma
oportunidade interessante para se observar empiricamente as relações entre
informação e entretenimento, diante da hipótese-guia de que poderia haver im-
pactos no telejornalismo esportivo das duas emissoras, influenciados pelo setor
do entretenimento e publicitário de quem detinha (Record) ou não mais (Glo-
bo) os direitos televisivos de transmissão do evento. Para que não se configu-
rasse como uma análise apenas do tipo “troca de sinais” entre Globo e Record,
a Rede Bandeirantes, com tradição no jornalismo esportivo e, como a Globo,
sem direitos de transmissão, foi tomada como “testemunha” de observação.
Assim, a proposta foi analisar como as três emissoras de televisão tratariam
jornalisticamente os Jogos Olímpicos de Londres/2012 (JO/2012), portanto, de
que maneira informariam a uma extensa parcela da sociedade brasileira, que
não dispõe de televisão por assinatura, a respeito do evento.