Simultaneidade de comportamentos de risco para doenças crônicas não transmisssíveis em estudantes universitários
Por André Luís Rodrigues Santos (Autor), Leonardo Lima (Autor), Luis Carlos De Oliveira (Autor), Aylton Figueira Junior (Autor), Vanessa De Melo Norberto Perdigão (Autor), Gildeene Silva Farias (Autor).
Em 47º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Com o ingresso na universidade, o estilo de vida dos jovens passa por mudanças importantes, que parecem alterar hábitos e adoção de novos comportamentos. Essa fase de transição envolve diferentes determinantes sociais e ambientais. Considerando que a maioria da população universitária é composta por jovens, a simultaneidade de comportamentos de risco pode ser ampliada, com a perspectiva que hábitos nessa fase da vida poderá persistir na vida adulta. OBJETIVO: Analisar a prevalência simultânea de quatro principais fatores de riscos comportamentais em estudantes de uma universidade privada do estado do Piauí, no desenvolvimento de Doenças Crônicas não Transmissíveis, com o pressuposto do aumento da inatividade física, tabagismo, consumo excessivo de álcool e hábitos alimentares inadequados MATERIAS E MÉTODOS: Um estudo transversal foi conduzido com 966 universitários. A coleta de dados foi realizada por questionário autorreferido. Os critérios de risco adotados foram consumo irregular de frutas e vegetais, prática insuficiente de atividade física, hábito de fumar e consumo excessivo de bebidas alcoólicas, e as variáveis independentes incluíram sexo, faixa etária, estado civil, área de estudo e período de estudo. Os desfechos analisados foram a coocorrência de dois e de três ou quatro fatores de risco. A associação foi medida utilizando a razão de chances (OR) por meio de regressão logística multinomial, com critério de significância de 5%. RESULTADOS: As prevalências de zero/um, dois e três/quatro fatores de risco foram de 47,5%, 36,2% e 16,3%, respectivamente. Foi observado que os universitários com companheiro apresentaram menores chances de coocorrência de dois fatores de risco (OR: 0,43; IC95%: 0,22–0,95). Por outro lado, os estudantes de áreas de estudo não relacionadas à saúde tiveram maiores chances de coocorrência de três ou quatro fatores de risco comportamentais (OR: 1,89; IC95%: 1,24–2,73). CONCLUSÃO: A prevalência simultânea de comportamento de riscos à saúde em universitários com dois ou mais fatores de risco apresentou elevada prevalência, com associação positiva para esses fatores de riscos, sugerindo que essas informações sejam importantes na formulação de programas de prevenção e intervenções entre os jovens no ambiente acadêmico.