Resumo

Resumo: Um procedimento capaz de avaliar a capacidade e potência aeróbia e anaeróbia em uma única sessão de teste parece ser uma alternativa para elevar a aplicabilidade prática de uma avaliação da aptidão metabólica. Antes do emprego das variáveis de retorno desse protocolo é necessário o estudo de sua validade. O objetivo da presente tese é avaliar os níveis de aplicabilidade, reprodutibilidade e validade dos parâmetros obtidos por meio de um teste de all-out de 3 minutos (AO3') para avaliação da capacidade e potência das vias metabólicas anaeróbia e aeróbia, em corrida atada laboratorial e de campo. Para isso, ensaios de: i) reprodutibilidade por meio de situações de teste/re-teste; ii) comparações entre os resultados obtidos pelo novo protocolo com protocolos mais bem estabelecidos na literatura; e iii) verificação da consistência metabólica dos dados obtidos por meio de comparação com parâmetros fisiológicos, são etapas a serem cumpridas. O desenho experimental se dividiu em cinco experimentos. O primeiro experimento investigou a existência de uma resistência individual para manifestação de potência mecânica máxima em esforços de all-out e a sua reprodutibilidade. Resultados demonstraram não só a magnitude dessa carga, que se mostrou em torno de 16,8% da massa corporal, quanto uma elevada reprodutibilidade teste/reteste. O segundo experimento verificou o nível de reprodutibilidade laboratorial das variáveis relacionadas à capacidade anaeróbia (ATA) potência anaeróbia (Pmax) e capacidade aeróbia (Pfinal) obtidos no protocolo de all-out com 3 minutos de duração, bem como a validade da Pmax. Os resultados desse segundo experimento atestaram a reprodutibilidade dos parâmetros relacionados a capacidades aeróbia e anaeróbia, e não encontrou diferença entre a Pmax do teste com duração de três minutos para aquele com duração de trinta segundos. O terceiro experimento investigou a validade desses parâmetros em determinar a capacidade aeróbia (Pfinal), a capacidade anaeróbia (ATA), a potência aeróbia máxima (VO2pico). Os resultados dessa etapa demonstram a validade da potência aeróbia máxima, uma superestimação da capacidade aeróbia e uma tendência a correlação entre os vários parâmetros de capacidade anaeróbia testados. O quarto experimento investigou a reprodutibilidade do teste de AO3' em campo, comparou seus resultados com um AO30s, enquanto o quinto experimento verificou a aplicabilidade da resistência ótima para geração de potência em esforços mais longos do que seis segundos. Os resultados desses experimentos demonstram a resistência ideal para produção de potência em torno de 20,5% da massa corporal em campo, com uma reprodutibilidade excelente. Ainda, corroboram com a boa reprodutibilidade dos parâmetros do AO3' em campo, e apresenta também concordância das potências máxima entre os testes de AO3' e AO30s. Contudo, a resistência ideal para realização de potência parece não se traduzir para esforços com 30 segundos de duração. Em corrida atada, o protocolo de AO3' parece ser válido para avaliar a potência aeróbia e anaeróbia, mas pode subestimar a capacidade anaeróbia e supra estimar a capacidade aeróbia

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