Resumo

INTRODUÇÃO: Atualmente, a aparência é sinônimo de sucesso, saúde e determinação. De modo que a sociedade moderna oprima os indivíduos a seguir padrões estereotipados de beleza. E como herança dessa sociedade capitalista e egoísta surgem os transtornos psíquicos da aparência e as dependências psíquicas a eles associadas. 
OBJETIVOS: i) comparar os níveis de vigorexia e de dependência ao exercício entre frequentadores de academias e fisiculturistas; ii) relacionar as variáveis de prática de exercício físico (tempo de prática, frequência semanal e duração por sessão) com as dimensões de frequência de vigorexia e de dependência ao exercício; e, iii) comparar os níveis de vigorexia segundo grupos de dependência ao exercício (dependentes ou em risco, não dependente sintomático e não dependente assintomático). 
MÉTODOS: A amostra foi constituída por 151 frequentadores de academia (27,66 ± 6,54 anos e 27,56 ± 5,03 de IMC) e 25 fisiculturistas (30,80 ± 5,54 anos e 26,72 ± 4,24 de IMC), todos do sexo masculino. Os participantes responderam à Escala de Dependência ao Exercício e ao Inventário de Dismorfia Muscular. A análise estatística envolveu procedimentos de análise descritiva, normalidade univariada, comparativa e correlacional. 
RESULTADOS: Os principais resultados evidenciaram: i) não existir diferenças entre frequentadores de academias e fisiculturistas quanto aos níveis de vigorexia e de dependência ao exercício; ii) que a duração da sessão de treino se correlaciona positivamente com a maioria das dimensões da dependência ao exercício; e, iii) que o grupo classificado como dependente ou em risco revela níveis médios superiores de vigorexia. 
CONCLUSÃO: Por fim, constatou-se que tanto nos fisiculturistas como nos frequentadores de academias, quanto maior o nível de vigorexia, maior o nível de dependência ao exercício, sendo essa correlação maior em fisiculturistas.

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