Cevnautas,
O Google acaba de lançar uma plataforma milionária pra falar de olimpíada sem ter que pagar direitos do uso das palavras olimpicos, olimpíada... O sitio chama obrasilinteirojoga.
Fico injuriado com os nossos marketeiros que tratam como otários quem gosta de cerveja, de internet, é japonês ou, agora, quem gosta de esporte (manêêêru, brodi)
Segue um artigo do Maquina do Esporte sobre o negócio e o endereço do portal. Laáercio
Google une patrocinadores em plataforma de conteúdo olímpico
NÚMERO DO DIA EDIÇÃO • 447 POR DUDA LOPES
O Google apresentou na terça- -feira uma plataforma inédita de conteúdo olímpico. O projeto, chamado “O Brasil Inteiro Joga Junto” tem patrocínio de quatro parceiros dos Jogos, em diferentes categorias. Claro, Nissan, Skol e Visa estão associados ao projeto da empresa americana.
Em conversa com a Máquina do Esporte, o diretor de marketing da Nissan, Arnaud Charpentier, justificou o motivo de se associar. “É um projeto de ativação em comum entre os quatro patrocinadores para levar um pouco da experiência dos Jogos para todo o público brasileiro. E esse é justamente nossa posição. Não queremos ser o patrocinador que apenas coloca o nome no papel. Nós queremos levar os Jogos a todos. Por isso, por exemplo, que somos os patrocinadores do revezamento da tocha”, explicou.
Há algumas peculiaridades: o projeto é global, mas os patrocinadores locais, como a própria Nissan, não devem usar a ferramenta fora do Brasil. Além disso, como o Google não tem acordo com o Rio, o evento não é mencionado.
O projeto une diversas ferramentas do Google. Há uma série de vídeos de “YouTubers” famosos, sempre com temas relacionados aos Jogos Olímpicos. O “Ana Maria Brógi”, que ensina receitas famosas de forma simples, publicou na ferramenta o filme “Como fazer o hambúrguer gigante do Michael Phelps”, referente à calórica dieta do nadador americano.
Assim se segue com outros famosos do YouTube. Há também, no site, uma série de jogos referentes às modalidades que serão disputadas no Rio. No evento que apresentou o projeto, o Google disponibilizou algumas dessas versões, entre elas a natação e o badminton.
Além da parte mais descontra ída, o site contém diversas informações sobre os Jogos Olímpicos, desde detalhes sobre as modalidades até um mapa do Rio com os eventos esportivos, além, claro de pontos turísticos.
A plataforma é a primeira ação mais específica do Google na geração de conteúdo durante um megaevento esportivo mundial.
FONTE: http://maquinadoesporte.uol.com.br/
O sitio: http://www.obrasilinteirojoga.com.br/
Comentários
Por
Darwin Ianuskiewtz
em 24 de Fevereiro de 2016 às 11:50.
Prezados,
Observando como o mundo corre.... fora do esporte claro, percebo que para ganhar "cliques" em banner de patrocionadores, vale tudo, tudo mesmo...
Não há mais limites para o poder da barganha publicitária no esporte, na política, nas profissões... uma decepção.
Quem gosta do esporte, muitas vezes "gosta das personalidades" que desfilam nos estádios, ginásios, piscinas e pistas, acreditando que usando os mesmos gestos, comportamentos e formas de consumo, conseguem "personificar seu heroi esportivo" vinculando-se ao modelo de sucesso. Aqui podemos citar a "Teoria do pertencimento".
Como os publicitários sabem muito bem sobre neurociência e comportamento humano, não perdem tempo em "juntar na mesma cesta um monte de gente boba para dar dicas, comentar e falar sobre o Rio 2016" - claro que sem argumentação técnica e/ou científica, apenas com uma linguagem popular (até mesmo vulgar) para conquistar pontos na audiência.
Neste caso, bobo é quem ? Quem fala sem propriedade, sem argumetação científica sobre e/ou durante os eventos esportivos, usando apenas a fama para desfilar na telinha e perpetuar a personificação do heroi ao cidadão na poltrona, que sem uma cultura esportiva engole tudo e instantaneamente se transforma num multiplicador de opiniões equivocadas: " esse chute até a minha mãe acertava". Sabemos que não... E também sabemos que a derrota para a Alemnha na Copa não fruto do acaso.... não foi um ato de sorte.... e que eistiu uma ciência que fundamentou toda a jornada de sucesso deles para o evento - iniciada anos antes do fatídico encontro.
Um abraço a todos.
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Tárik Vaz Nina
em 24 de Fevereiro de 2016 às 20:19.
Comecei a assistir mas parei no "queria ter feito natação pra ser maior". É, Laercio, penso na escola que estou trabalhando e me pergunto: será que teremos que usar essa linguagem para ensinar os jovens? Venho tentando ser engraçado e atrair a atenção dos alunos, mas penso que há limites. Por outro lado, gostei da interatividade e dinâmica do site, mas os apresentadores...
Por
Silvan Menezes dos Santos
em 25 de Fevereiro de 2016 às 21:41.
Laercio e demais,
Fui assistir o vídeo dos Jogos Paralímpicos, que é o que mais me interessa no momento, mas pra ser bem sincero não deu pra ir até o fim. Se a idéia, segundo o cara da Nissan, era apresentar os Jogos pra todo o Brasil, tão fazendo isso muito mal e com muitas falhas absurdas. Só pra exemplificar o que to falando, eles usam a expressão "portadores de necessidade especiais", isso não se usa há algum tempo e a empresa que detem o maior patrimônio de informação do mundo deixar isso passar é inaceitável. O Google e seus parceiros estão perpetuando a semiformação esportiva. É o mesmo que faz a mídia de massa tradicional, só que com a roupagem 2.0 da web.
Seguimos!!
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 29 de Fevereiro de 2016 às 15:29.
Silvan, "amigos da Globo, e demais interessados,
"Portadores de Necessidades Especiais"... Como chamar as pessoas que têm deficiência?
Sirvo-me do trabalho de Romeu Kazumi Sassaki, que nos esclarece sobre a utilização do termo mencionado acima. Diz-nos também que a nomenclatura vem se modificando através do tempo e de acordo com a sociedade em questão. Até que hoje há um consenso. Vejam como concluiu o seu trabalho intitulado “Como chamar as pessoas que têm deficiência? (São Paulo, janeiro de 2005). Leiam mais... http://teleduc.proinesp.ufrgs.br/cursos/diretorio/tmp/376/portfolio/item/40/Como_chamar_as_pessoas_que_tem_deficiencia.pdf
Ele assim conclui:
"A tendência é no sentido de parar de dizer ou escrever a palavra “portadora” (como substantivo e como adjetivo). A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa e esta pessoa não porta sua deficiência. Ela tem uma deficiência. Tanto o verbo “portar” como o substantivo ou o adjetivo “portadora” não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa. Por exemplo, não dizemos e nem escrevemos que uma certa pessoa é portadora de olhos verdes ou pele morena. Uma pessoa só porta algo que ela possa não portar, deliberada ou casualmente. Por exemplo, uma pessoa pode portar um guarda-chuva se houver necessidade e deixá-lo em algum lugar por esquecimento ou por assim decidir. Não se pode fazer isto com uma deficiência, é claro.
A quase totalidade dos documentos, a seguir mencionados, foi escrita e aprovada por organizações de pessoas com deficiência que, no atual debate sobre a Convenção da ONU a ser aprovada em 2003, estão chegando ao consenso quanto a adotar a expressão “pessoas com deficiência” em todas as suas manifestações orais ou escritas".
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Documentos do Sistema ONU • 1990 - Declaração Mundial sobre Educação para Todos / Unesco. • 1993 - Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com Deficiência / ONU. • 1993 - Inclusão Plena e Positiva de Pessoas com Deficiência em Todos os Aspectos da Sociedade / ONU. • 1994 - Declaração de Salamanca e Linhas de Ação sobre Educação para Necessidades Especiais / Unesco. • 1999 - Convenção Interamericana para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência (Convenção da Guatemala) / OEA. • 2001 - Classificação Internacional de Funcionalidade, Deficiência e Saúde (CIF) / OMS, que substituiu a Classificação Internacional de Impedimentos, Deficiências e Incapacidades / OMS, de 1980. • 2004 – Declaração de Montreal sobre Deficiência Intelectual / OMS-Opas. • Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência / ONU (a ser aprovada em 2006).
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Finaliza com menão a outros documentos...
Por
Bil Pereira Santos
em 13 de Março de 2016 às 09:19.
E´um tema muito complexo, mas o termo deficiencia faz todo o centido....mas sera que vai fazer alguma diferença para as pessoas.
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