Comportamentos de Risco Para os Transtornos Alimentares e Traços Perfeccionistas em Atletas de Atletismo
Por Leonardo de Sousa Fortes (Autor), Lenamar Fiorese (Autor), Santiago Tavares Paes (Autor), Sebastião de Sousa Almeida (Autor), Maria Elisa Caputo Ferreira (Autor).
Em Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (até 2003 Revista Paulista de Educação Física) v. 30, n 3, 2016. Da página 815 a 822
Resumo
O objetivo do estudo foi analisar a influência do perfeccionismo nos comportamentos de risco para os transtornos alimentares de atletas adolescentes do sexo feminino da modalidade atletismo. Fizeram parte do estudo 52 atletas da modalidade de atletismo de clubes da cidade de São Paulo/SP com idade entre 12 e 17 anos. Utilizaram-se as subescalas do Eating Attitudes Test (EAT-26) e a Multidimensional Perfectionism Scale (MPS) para avaliar os comportamentos de risco para os transtornos alimentares e os traços perfeccionistas, respectivamente. Conduziu-se a regressão linear múltipla stepwise para analisar a influência dos perfeccionismo nos comportamentos de risco para os transtornos alimentares. Os resultados indicaram influência da MPS nos escores das subescalas Dieta (F(1, 44) = 5,74; p = 0,05) e Autocontrole Oral (F(1, 44) = 6,13; p = 0,04) do EAT-26. No entanto, não foi evidenciado impacto da MPS nos escores da subescala Bulimia e Preocupação com 0 Alimenta (F(1, 44) = 1,26; p = 0,22). Assim, em razão da investigação apresentar delineamento transversal, pressupõe-se que as atletas de atletismo com traços perfeccionistas podem estar mais susceptíveis para a restrição alimentar e a influência ambiental para a ingesta alimentar.